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sábado, 12 de junho de 2010
Haití aguarda por soluções das sequelas do terremoto
Porto Príncipe, 12 jun (Prensa Latina) Cinco meses após o terremoto que devastou esta capital e as cidades vizinhas, o povo haitiano aguarda por uma solução aos graves problemas que ocasionou o terremoto e a outros que se somaram a ele.
O abalo sísmico deixou mais de 220 mil mortos, 300 mil feridos e quase um milhão e meio de danificados, mas agravou a situação de um país imerso na pobreza desde faz muitos anos e com poucas opções de sair adiante.
Nada de bom deixou o sismo, mas ao menos terminou por chamar a atenção do mundo sobre a realidade do país caribenho, o mais pobre do hemisfério ocidental.
Quase meio ano depois, os problemas perduram e salvo alguns avanços na educação, saúde e alimentação, o resto das sequelas do terremoto seguem tão abertas como em janeiro ou fevereiro.
A maioria dos meninos do Departamento do Oeste regressaram às escolas, muitas delas edificações provisórias, de madeira e zinco, nas quais é normal se encontrar juntos alunos de vários graus, mas finalmente não se perderá o ano letivo.
Com a saúde sucede algo parecido e uma porcentagem elevada da população encontra lugares e médicos aos quais pode ir para paliar as sequelas do terremoto ou enfrentar as doenças tropicais que se multiplicam a medidas que aumenta a temporada de chuvas.
Colaboradores de saúde de Cuba, Venezuela, de alguns outros países e organizações internacionais cuidam da saúde dos haitianos, ainda que o abandono a que estiveram deixados durante décadas, às vezes torna demasiado lenta a assimilação das medidas sanitárias para evitar a proliferação dos males.
Ao mesmo tempo, projetos para a formação de técnicos e especialistas do país permitem sonhar com uma luz no final do túnel, mas não ocorre o mesmo em todas as frentes. Dois dos mais importantes, o emprego e a moradia, mantêm-se como matérias pendentes para o governo haitiano e as organizações internacionais de ajuda.
Após cinco meses, quase um milhão de pessoas vive em barracas de nylon ou lona, insuficientes para deter a força das chuvas ou os ventos, a medidas que avança uma temporada de furacões que se anuncia como muito violenta.
Haiti precisa de centenas de milhares de moradias, mas a inércia prima nesta capital e nas cidades vizinhas, por muito as mais afetadas pelo sísmo e, no entanto, analistas acham que a chegada de um ciclone tropical pode devolver o estado de catástrofe à nação.
Com o emprego se sucede algo similar, ainda que organizações internacionais tentam empregar em seus trabalhos de ajuda a maior quantidade de pessoas possíveis, esses trabalhos não costumam ser estáveis, nem garantem cobrir as necessidades.
Por último, a ajuda alimentária não tem faltado desde janeiro até hoje, mas mais que lhes entregar um grupo de produtos básicos a cada mês, Haiti precisa os meios para autoabastecer-se, ao menos, dos produtos básicos.
Caso contrário, quando termine a ajuda, a crise voltará com mais força que antes.
lgo/hm/cc Modificado el ( sábado, 12 de junio de 2010 )
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