segunda-feira, 26 de agosto de 2013

PROJETO DIÁLOGOS.COM

Introdução


A escola deve, à luz do conhecimento e da sensibilidade, trabalhar para que jovens tenham acesso à informação de qualidade e de forma responsável. Em sua missão de proporcionar uma formação que valorize o humanismo, o Grupo de Estudos do Meio Ambiente está desenvolvendo o Projeto Diálogos.Com. Compõe-se de uma série de seminários e apreciações artísticas. Iniciou-se com o seminário juventude e política, prosseguiu com as temáticas sexualidade, fé e esporte. O projeto baseia-se em reflexões que busquem um olhar que investigue as questões socioambientais sem sectarismo ou visão romântica da situação. Em tempos em que a intolerância e a violência campeia pelas ruas e pelos corações, discutir de forma fundamentada temas polêmicos pode contribuir para a promoção de uma cultura de paz. Portanto, legitimar espaços para o aprofundamento das aprendizagens não somente é necessário, mas vital para dinamizar e publicizar a produção de conhecimentos.


Metodologia 


Privilegiou-se uma perspectiva crítica e construtiva numa prática concreta: perguntar, problematizar, identificar fatos e situações significativas da realidade imediata. Teorizar sobre ela, ir além das aparências, refletir, discutir, buscar, conhecer melhor o tema problematizado. Voltar à prática para transformá-la com referências teóricas mais elaboradas e ações mais competentes. Tais procedimentos são utilizados pela chamada Pesquisa-Ação. Os participantes estão envolvidos de modo cooperativo e participativo. 

Resultados 


O envolvimento da escola pública com pesquisa básica pode ser considerado o resultado mais significativo desta ação. Estima-se levar a vivência para um grupo de 1500 pessoas sendo que a metade desta projeção já foi atingida. Tem-se ainda a produção de áudio-visuais e textos reflexivos além do envolvimento de professores de diferentes áreas do conhecimento.  


Considerações Finais


Quando se trabalha com educação é sabido que os resultados reais não podem ser vistos simplesmente em estatísticas. O resultado das ações realizadas pode ser percebido de forma direta e indireta por aqueles que fazem parte da comunidade escolar e que vivem e viveram a experiência, levaram consigo lembranças, práticas e práxis para sua vida enquanto cidadão. Tem-se ainda a construção da autoestima dos educandos nascendo ao escrever um texto sobre situações do cotidiano, ao apresentar um trabalho de qualidade e sentir-se incluso na sua diversidade.     



Palavras chaves: Educação Ambiental – Diálogos - Juventude     

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Por que é importante proteger o Parque do Cocó?

Atualmente não apenas em Fortaleza mas também nos demais centros urbanos do Brasil em nome da Mobilidade Urbana tudo pode. Aliás, mobilidade urbana tornou-se a expressão da moda e parece ser uma das maiores reivindicações dos citadinos.

Não precisa ser geógrafo, urbanista, arquiteto ou sociólogo para perceber que as cidades brasileiras cresceram espacialmente de forma desorganizada. Os planos diretores além de serem uma realidade nova neste contexto são desconhecidos e desrespeitados. O ordenamento das cidades segue a lógica da especulação imobiliária e dos interesses privados.

Praticamente não existe nas cidades brasileiras uma política de Estado que veja a cidade como um organismo sistêmico. E sendo o Brasil ainda um poço de corrupção, desmandos e descasos, nossos governantes encontraram na mobilidade urbana uma válvula de escape para esconder a inoperância diante de outras realidades como a má qualidade da educação, da saúde e da segurança pública. Como todos nós vivemos literalmente no trânsito e em trânsito e este é também é um caos generalizado que nos deixa nervosos e estressados e faz a cidade parar, ver qualquer iniciativa que prometa pelo menos diminuir  tal situação parece ser bem-vinda.

É neste contexto que surgem as famigeradas obras. E obras enchem os olhos, principalmente dos desenvolvimentistas, dos olhos cheios de remela e que também são cegos diante de uma reflexão um pouco mais apurada. Vale lembrar também que obras “dá Ibope” para o governante de plantão e claro, nenhuma obra no Brasil é feita sem uma pitada generosa de roubo.

Assim, temos aqui em Fortaleza a mais nova grande obra na agulha o viaduto que vai desafogar o trânsito em uma das “áreas nobres” da cidade. Localizado entre as avenidas Antônio Sales e Engenheiro Santana Júnior este empreendimento é defendido com unhas e dentes pelo Prefeito Roberto Cláudio, pelo governador Cid Gomes e como afirma a nada imparcial imprensa local, a obra é também defendida pela maioria da população.

Uma cidade precisa de poros para respirar. Uma cidade precisa de canais naturais, sem assoreamento para canalizar as águas pluviais. Uma cidade precisa de umidade no ar que seja adequada ao conforto térmico de seus habitantes. Uma cidade precisa de vida para poder cuidar das vidas que nela habitam.  

 O que vale mais?

- Árvores ou torres empresariais?
- Árvores ou shoppings?
- Árvores ou viadutos?

Quem defende a obra pode ser enquadrado em uma das situações abaixo:

- É amigo da dupla dinâmica;
- É dono de empreiteira;
- Parlamentares prostituídos;
- Operadores da Justiça parciais;
- Mamadores das tetas do governo (fornecedores, agências de propaganda, cargos comissionados, funcionários fantasmas, amantes...)
- As elites que só andam de automóvel, normalmente sozinhos dentro do carro;
- Pseudo-intelectuais;
- Pseudo-estudiosos;
- Ou simplesmente ignorantes.