Este canal de comunicação que utilizamos desde a fundação do Grupo tem como objetivo divulgar as atividades e as ideias de cultivamos. É alimentado pelas produções dos membros tanto do ensino médio quanto dos que estão na universidade. Mas, quando encontramos trabalhos com características didáticas e reflexivas, os reproduzimos.
Dividimos com os senhores e senhoras o trabalho abaixo. É gostoso de ler.
A IMPORTÂNCIA DOS SOLOS PARA AS PLANTAS
De acordo com LEPSCH (2002), a pedosfera
(a camada mais externa da Terra) funciona como “fundações” ou
“alicerces” da vida em ecossistemas terrestres.
Plantas clorofiladas necessitam de energia solar, gás carbônico, água e
macro e micro nutrientes. Vale dizer que com raras exceções tanto a
água como os nutrientes só podem ser fornecidos através do solo, que
dessa maneira, funciona como mediador, principalmente de fluxos de água
entre a hidrosfera, litosfera, biosfera e atmosfera. Nessa linha de
análise, pode-se dizer que o solo também, juntamente com o substrato
rochoso, influencia diretamente a água que utilizamos.
Visão antrópica dos solos solos, que leva à degradação
Como aponta o autor, do solo também pode
ser retirado material de construção de estradas, barragens de terra em
açudes e casas. Influencia também a qualidade do ar, principalmente
quando são levadas poeiras dele à atmosfera, e muitas vezes o solo serve
para receber e “processar dejetos, como o lixo das grandes cidades. Em
outras palavras, o homem retira constantemente os recursos naturais e o
utiliza para demasiadas funções antrópicas, poluindo-o de diversas
maneiras. Vale lembrar que além da intensa utilização do solo pelo
homem, ele ainda é um meio para decompor o lixo antrópico sem quase
nunca haver em retorno, práticas de manejo para recuperação ou
conservação do solo, deixando-o, portanto, cada vez mais degradado.
Dando continuação à linha de análise de
LEPSCH (2002), em relação às plantas, suas raízes penetram no solo,
proporcionando suporte mecânico, e dele extraem água e nutrientes, que,
juntamente com oxigênio, gás carbônico, luz e calor, são necessários ao
crescimento dos vegetais superiores. Normalmente, entre todos estes
fatores ecológicos necessários ao desenvolvimento das plantas,
preocupa-se mais em estudar os nutrientes, pois atua como principal meio
para sustentar as plantas, que representa a diferença entre
sobrevivência ou extinção da maior parte da vida terrestre.
As plantas retiram do solo 15 elementos
essenciais à vida. Destes, seis são absorvidos em quantidades
relativamente grandes, designados macronutrientes,
compreendendo: Nitrogênio (N), Fósforo (P), Potássio (K), Cálcio (Ca),
Magnésio (Mg) e Enxofre (S). Os outros nove, igualmente essenciais, mas
usados em quantidades muito pequenas são denominados micronutrientes, que são: Ferro (Fe), Manganês (Ma), Zinco (Zn), Boro (B), Cobre (Co), Cloro (Cl), Níquel (Ni), Cobalto (Co) e Molibdênio (Mo).
Para um adequado crescimento dos
vegetais, todos estes elementos têm que estar presentes no solo em
quantidades, formas e ambientes adequados. Quando isto ocorre diz-se que
o solo é fértil, ou quimicamente rico. Se qualquer um dos quinze
elementos estiver ausente, ou presente em proporções inadequadas, ele
limitará o crescimento das plantas mesmo que os restantes estejam em
quantidades adequadas e haja fornecimento apropriado de gás carbônico,
oxigênio, água, luz e calor. A idéia que o crescimento das plantas é
controlado pelo nutriente existente em menor quantidade, vem desde os
tempos de Justus Von Liebig (1840) e é conhecida como a “lei do mínimo”
(LEPSCH, 2002).
A importância dessa lei para as pesquisas
relacionadas com o uso de fertilizantes minerais na agricultura é
bastante grande, e a habilidade de um solo em suprir de nutrientes ou
reagir à adição de determinado fertilizante às plantas tem merecido
maiores estudos, que qualquer outro aspecto da ciência do solo (LEPSCH,
2002).
Como observa o autor, a maior parte dos
nutrientes existentes no solo origina-se nos minerais que constituem as
rochas da camada da crosta terrestre conhecida como litosfera.
As rochas não são capazes de suportar plantas superiores porque, por
serem consolidadas, não armazenam água e oferecem impedimento físico à
penetração das raízes. Além disso, os elementos nutritivos nelas
contidos não podem ser absorvidos pelas plantas porque encontram-se
firmemente retidos na estrutura cristalina de seus minerais. Para que as
raízes possam penetrar e os nutrientes possam ser desprendidos dos
minerais e depois absorvidos pelas raízes, a natureza desencadeia um
processo denominado intemperismo (LEPSCH, 2002).
“Lei do Mínimo” de Liebig
“Lei do Mínimo” de Liebig: O máximo de
produção depende do fator de crescimento que se encontra à disposição da
planta em menor quantidade. Como se observa no barril acima, a aduela
mais baixa impede a elevação da altura da água, da mesma forma que uma
deficiência de potássio no solo impede o aumento de uma colheita na
lavoura (LEPSCH, 2002).
Mariana Lorenzo
Referência Bibliográfica:
– LEPSCH, Igo F. Formação e Conservação Dos Solos. Ofina de Textos. São Paulo. 2002.
In: https://marianaplorenzo.com/2010/10/25/pedologia-funcoes-ecologicas/